Blog da Reflore
Interdição de empreendimentos: quando e por que pode acontecer?

Saiba em quais situações um empreendimento pode ser interditado por órgãos ambientais e como evitar problemas com licenciamento.
O caso recente em Pelotas
Nos últimos dias, um parque em Pelotas (RS) foi interditado por estar com a licença ambiental vencida. A administração alegou dificuldades na renovação do alvará e apontou perseguição, mas o fato é que a ausência de licença em vigor levou à paralisação de suas atividades.
Independentemente das justificativas, a interdição aconteceu porque, do ponto de vista legal, durante um procedimento de fiscalização, o empreendimento não estava em dia com sua licença. Esse caso abre espaço para refletirmos: até que ponto a burocracia e a falta de diálogo também podem dificultar a regularidade ambiental de empresas e empreendimentos?
Quando pode ocorrer a interdição?
A interdição pode ser determinada pelo órgão ambiental quando:
- A licença ambiental está vencida ou não foi renovada
- A atividade funciona sem licença ou em desacordo com suas condições
- Há risco iminente de dano ambiental ou à saúde pública
- Descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou condicionantes do licenciamento
A legislação é clara: sem licença válida, o empreendimento está irregular e passível de penalidades.
Quais documentos precisam estar em dia?
Para evitar a interdição, empreendimentos precisam manter:
- Licença ambiental (prévia, de instalação ou de operação, conforme o caso) válida
- Alvará de funcionamento atualizado
- Outros registros e autorizações específicas (ex.: outorga de uso da água, autorizações florestais, etc.)
- Outras documentações exigidas pelos órgão públicos
- Cumprir com termos das licenças vigentes.
Atrasos ou ausência desses documentos podem resultar em multas e suspensão da atividade.
O papel da burocracia e da demora nos processos
Embora a responsabilidade final seja do empreendedor em manter a regularidade, não podemos ignorar que os trâmites administrativos muitas vezes são lentos e burocráticos. Isso inclui:
- Excesso de etapas e documentos exigidos
- Protocolos que dependem de diferentes órgãos (municipais, estaduais, federais)
- Falta de prazos claros ou cumprimento dos prazos já estabelecidos
- Dificuldade de acesso às informações e canais de atendimento
Essa realidade pode gerar insegurança e atrasos, especialmente em casos em que um documento (como o alvará municipal) é pré-requisito para renovação da licença ambiental.
Falta de diálogo e explicação
Outro ponto que pesa para os empreendedores é a comunicação limitada:
- Não há clareza sobre o que precisa ser corrigido
- Não existe orientação prévia antes da autuação
- A linguagem técnica dificulta a compreensão dos prazos e obrigações
Esse distanciamento reforça a percepção de que a fiscalização atua apenas de forma punitiva, quando poderia também ser preventiva e educativa.
Mas também, não se pode eximir a “culpa do empreendedor”. Na maioria das vezes, a história está “mal contada”.
O que o caso nos ensina
O episódio do parque em Pelotas mostra que a interdição pode acontecer tanto por falta de regularidade documental quanto pela combinação de burocracia, demora, falhas de comunicação e falta de planejamento do empreendedor..
Isso reforça a importância de:
- Planejar com antecedência os prazos de renovação
- Acompanhar constantemente processos administrativos
- Buscar apoio técnico especializado para interpretar exigências e agilizar encaminhamentos
- Documentar todas as tentativas de regularização para se resguardar em eventuais questionamentos
Como evitar chegar a esse ponto
O ideal é que o empreendedor não chegue ao risco de uma interdição. Para isso:
- Faça o controle de prazos das licenças e alvarás
- Inicie protocolos de renovação com antecedência mínima de 120 dias ou mais
- Tenha o acompanhamento de uma consultoria eficiente que atue como ponte entre o empreendimento e os órgãos ambientais
- Mantenha um histórico organizado de processos, documentos e comunicações
Como a Reflore pode ajudar
A Reflore Consultoria e Gestão Ambiental entende os desafios que envolvem a burocracia ambiental e trabalha justamente para antecipar riscos, interpretar exigências e manter seus clientes em conformidade.
Nosso objetivo é que a fiscalização não seja um problema, mas apenas mais uma etapa de uma gestão ambiental bem estruturada.
➡ Entre em contato com a Reflore e garanta a tranquilidade do seu negócio.